domingo, 21 de fevereiro de 2010

Carl Gustav Jung e a Jornada para o Auto-Descobrimento.






“A noção de arquétipo, postulando a existência de uma base psíquica comum a todos os humanos, permite compreender por que em lugares e épocas diferentes aparecem temas idênticos, nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de modo geral – seja nos sonhos das pessoas normais, seja no delírio dos loucos”. (Silveira apud Magalhães, 1984).

Jung ainda coloca os arquétipos como imagens “primordiais” (Burckhardt apud Jung, 1987), ou seja, uma aptidão da mente humana de manter as imagens como elas eram nos primórdios da humanidade.

“Essa hereditariedade explica o fenômeno, no fundo surpreendente, de alguns temas e motivos de lendas se repetirem no mundo inteiro e em formas idênticas...” (Jung, 1987).

Uma outra noção junguiana muito importante é a teoria da sincronicidade, desenvolvida pelo autor. Segundo ele, a sincronicidade é a “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos” (Jung, 1971). Porém, estes fatos não são somente uma coincidência estatisticamente comprovada, mas uma manifestação do psiquismo da pessoa com a qual ocorre o fato, a sincronicidade. Jung começou a pensar nisso quando, ouvindo o sonho de uma paciente sobre um besouro, viu o mesmo besouro entrar pela janela de seu consultório. De fato, a possibilidade matemática disto acontecer com eles (médico e paciente) era remotíssima, apesar de possível, o que o fez acreditar que algo no inconsciente coletivo fazia com que os acontecimentos certos aparecessem para determinada pessoa, como um modo de mensagem que deveria ser decifrada como algo importante e que trouxesse desenvolvimento e evolução ao ser em questão. Assim “o fato psíquico modifica ou elimina os princípios da explicação física do mundo está ligado à afetividade do sujeito da experimentação” (Jung, 1971). Ou seja, os fatores da psique humana são capazes de modificar os conteúdos do mundo físico, fazendo com que ocorram as chamadas sincronicidades. A sincronicidade é, portanto, “uma percepção de uma simultaneidade de acontecimentos internos e externos, não necessariamente no mesmo momento – daí serem sincronísticos e não sincrônicos.” (Guimarães, 2004).

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