terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dimensão espiritual das danças em roda.




Dimensão espiritual das danças em roda.

As danças circulares representam uma retomada de antigas formas de expressão de diferentes povos e culturas, acrescidas de novas criações, coreografias, ritmos e significações próprias do homem, inserido na realidade atual.
Em 1976 foi estabelecido contato com a Comunidade de Findhorn, na Escócia, e aí iniciou-se o movimento" Danças Circulares Sagradas."
O termo "Sagrado" quer dizer santificado, e tem também conotações de cura e totalidade.
Os povos antigos tinham a sabedoria de dançar. Celebravam dançando, os ciclos de vida como: o nascimento, o casamento, o plantio, a colheita e a morte.
Atualmente, com uma nova consciencia, esses valores, perdidos com o passar do tempo, vêm sendo resgatados.



A EMOÇÃO DO DANÇAR

Para compreender a vivência da dança circular dos povos, onde as palavras são insuficientes, recorreremos à mitologia grega, com o mito de Dioniso, o qual descrito por Pedraza (2002, p.54) “significa sentir-se em seu próprio corpo, na emoção particular do momento que se está vivendo”, e dessa forma nos propicia o encontro com o corpo que somos, pelo qual vivenciamos o significado pessoal de nossa existência e inserção na coletividade, acrescido de seu oposto complementar Apolo, pois o movimento da vida se faz na interação e diálogo dos opostos. Dioniso pede entrega e inteireza de ser, Apolo nos pede consciência ao ser.
Dioniso, identificado como deus do êxtase como uma vivência que extravasa, que vai além, da alegria, do entusiasmo, características que mobilizam muito, se impõem possibilitando compreender a natureza instintiva da espiritualidade. Associado a um fluir que abrange o mundo, a extroversão de sentimentos, ligada ao elemento perceptual. Para Jung (1987, p.179) “coisa instintiva, portanto, cega e imperativa, que se concretiza através de uma afeição na esfera corporal”.


"A DANÇA" H. MATISSE


somos todos um

Os passos das danças circulares podem evoluir do básico ao mais elaborado. O enfoque da Dança Circular não é a técnica, e sim a experiência coletiva de criação, o sentimento de união, o espírito comunitário que se percebe a partir do movimento de cada um, possibilitando o movimento coletivo.
A força do Círculo é conhecida há séculos, e é um poderoso símbolo de unidade e totalidade. O trabalho em círculo quebra hierarquias e une os participantes em função do todo.
As Danças Circulares proporcionam a harmonização individual e o centramento através da prática em grupo.

Agradeço essa experiência a minha amiga Tripti.


http://teiadethea.org/?q=node/11
http://dancacircular.blogspot.com/

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