sexta-feira, 21 de agosto de 2009




A vida é como ela é....

Hoje eu entendo que a vida vai passar e não temos como retê-la.
Apesar dos 40 anos, penso como uma menina de 15, ou talvez menos.
Não percebemos a idade, ela chega e pronto. Derrepente 20, 30,40....
Não conheço a senhora que eu deveria ser.
Não me enquadro na adolescente q eu penso ser.
O que fazer então, aceitação...
Aceitar os defeitos e incorporar. Entender as deficiências que me levam a eles.
Ter consciência deles e das minhas qualidades. Reconhecê-las mas não me identificar nem com elas, e nem com os defeitos...apenas observar....hj eu consigo observar.
Pelo menos para isso serviu a maturidade, ela me transformou em um observador de mim mesmo.
Os yoges, os suffis, os budistas, os taoístas, os cabalistas.... Todos acreditam que precisamos viver a nos observar. Estar no presente de forma plena.Não se preocupar com o amanhã, porque o futuro a Deus pertence.E o passado, já passou, nada mais tem a nos oferecer, que já não tenhamos experenciado.
Acho que de tanto estudar religiões já estou assimilando estes conceitos. E o principal a ser adquirido é basicamente o que tem em todas as religiões ....Ame o próximo como a ti mesmo....não ame mais, nem ame menos, apenas ame da mesma forma, e com a mesma intensidade.
O que as pessoas não entendem é que não existe mal ou bem, apenas uma projeção psíquica do que é bom ou mau. A nossa mente ou melhor, a nossa lente cognitiva, nos faz ver o que o que projetamos, não necessariamente o que é a verdade de fato.
No diálogo entre duas pessoas existe sempre 3 verdades: A da primeira pessoa, a da segunda pessoa e a verdade de fato.

Quando vamos entender q os nossos mecanismos psíquicos, nos boicotam. O que fazer para sair disso? Apenas esteja atento aos seus movimentos, reações, identificações.
Só tendo consciência do sua essência, é q se consegue quebrar padrões condicionados.
Eu achava estranho o sutra do coração, era algo que eu não conseguia entender, estava fora do meu alcance. Mas, em um belo dia, tudo ficou claro. Tudo deriva do nada, o universo nasceu do nada e para o nada voltará. O conceito de vacuidade, serve para nos fazer entender que nada tem essência em si. Como os existencialistas diriam, a existência não tem um propósito divino. Quando falo isso, falo da realidade do absoluto, onde não temos distinção de bem ou de mal.... as coisas são como tem que ser....Esta realidade é totalmente diferente da realidade relativa onde nos localizamos, aqui existe tempo e espaço, bem e mal....

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